Exterogestação

Exterogestação

Mas… O que  que é exterogestação?
Esse termo foi criado pelo antropólogo Ashley Montagu após a observação do desenvolvimento fetal em diversas espécies de animais.

Baseado no prefixo extero- que significa “fora” ou “externo”, o termo exterogestação determina que a gravidez humana deve durar além dos 9 meses do bebê dentro da barriga, se prolongando por, pelo menos, mais 3 meses após o parto. Seria um período de transição essencial para que o bebê humano se adapte completamente à vida extrauterina.

Bebê fora do útero

Dentro do útero, a criança tem um suprimento contínuo de alimento, nunca sente sede ou fome, se mantém aquecida e limpa e consegue dormir sem luzes ou barulhos altos provocando sustos frequentes. Além do mais, ela tem contato integral com a mãe.

Uma vez do lado de fora do útero, toda essa sensação de segurança acaba. A partir do parto, o bebê sente frio e fome, precisa receber banhos e fraldas novas para se manter limpo e acaba passando várias horas do dia sozinho, sem a presença reconfortante da mãe.

Dessa forma, a transição da vida uterina para a vida no mundo exterior é um momento de muito estresse e insegurança para a criança.

Quais as vantagens da exterogestação?

A grande vantagem é tornar a transição da gravidez para a vida do lactente mais tranquila, reduzindo o estresse da fase de recém-nascido.
Além disso, a técnica reforça a criação de um laço emocional forte entre o bebê e os pais e pode ter um impacto positivo em aspectos físicos e psicológicos da criança em médio e longo prazo.

A intenção da exterogestação não é recriar completamente o ambiente uterino fora do corpo da mãe — até porque isso seria impossível. No entanto, dentro das possibilidades reais, o ambiente uterino pode ser simulado em alguns momentos para que a criança passe por esse período de transição com mais segurança e os pais tenham mais tempo para se adaptar aos cuidados que são demandados.

Dicas

Aqui abaixo vou deixar algumas dicas para reproduzir o ambiente uterino e acalmar o bebê segundo a Teoria da Exterogestação .

  • Tirar o incômodo da gravidade: no ambiente intrauterino nenhum lado do corpo do bebê recebe todo o peso dele, ele simplesmente flutua. Dessa forma, o bebê poderá chorar mais ou ficar ainda mais nervoso quando colocado de costas. Sendo assim, quando estiver em um momento que precisar acalmar seu bebê, tente segurá-lo de lado ou de bruços. Lembrete: essa técnica deve ser usada apenas quando o bebê estiver no colo (e não enquanto dormir para evitar a Síndrome de Morte Súbita do Lactente);
  • Balanço, colo e sling: acolher seu bebê não o fará mal. Balance junto com ele em uma cadeira de balanço, caminhando com ele no colo ou no sling;
  • Sons: o “shhhhh”, aquele sonzinho que imita um chiado deve durar aproximadamente 30 segundos e ser feito toda vez que você sentir necessidade de acalmar o bebê. Há também aplicativos que imitam os sons do útero;
  • As “cólicas” e o choro: sempre acolha o choro do seu bebê. Isso significa que não é aconselhado deixá-lo chorar por muito tempo nesses primeiros meses de vida. Nesta etapa, o choro sempre significa algo, é a representação de uma necessidade, seja ela de alimento, afeto ou aconchego. As chamadas “cólicas” muitas vezes podem estar associadas a desconfortos gerais. Por isso, aposte no aconchego do seu peito;
  • O banho e o sono: faça regularmente banhos de balde no seu bebê. Eles “imitam” o ambiente intrauterino e são ótimos calmantes. Além disso, assegure que seu bebê tirará as sonecas necessárias para descansar. Isso fará com que ele se mantenha calmo.

Já conhecia essa teoria? Conhece alguém que precisa dessa dica? Envie esse texto!

Ah, lembre – se que os posts tem caráter informativo e NÃO substituem a consulta médica!

Com carinho,
Dra Beatriz Romão Amatto – Pediatra – Crm 181573 – RQE 82740