Mitos sobre a amamentação

Mitos sobre a amamentação

Olá, Mamães e papais! Tudo bem com vocês?

Como estamos no Agosto Dourado, mês dedicado ao incentivo ao aleitamento materno, vamos falar dos mitos da amamentação. Você sabia que por conta de algumas mentiras espalhadas, passadas por vezes de gerações em gerações,   algumas pessoas simplesmente deixam de amamentar?

Separei hoje os principais mitos sobre a amamentação e quero saber de vocês se alguma vez chegaram a acreditar neles!

O leite fraco

Essa é uma das frases mais ouvidas pelas mamães. Infelizmente, é uma das principais causas da complementação precoce. No início, a aparência aguada do leite materno, principalmente na fase em que chamamos de colostro, faz com que a mãe considere seu leite inferior, acreditando que não serve para atender Às demandas da criança, se comparada à coloração “forte” do leite de vaca.

Outro fator que pode influenciar esse pensamento é a necessidade do bebê mamar inúmeras vezes , em curtos intervalos. Isso se dá ao fato do rápido esvaziamento gástrico e fácil digestão, e não pelo bebê não ficar satisfeito. 

O leite é insuficiente

Essa é a segunda frase mais falada sobre o leite materno –  que também influencia na complementação precoce . Muitas  vezes utiliza-se essa frase para justificar a insegurança de algumas mamães quanto à sua capacidade de produzir leite no volume adequado para a criança.

Este mito pode ter relação com o choro do bebê, o qual geralmente está associado à fome ou ao fato de o leite não estar sendo adequado às necessidades da criança.

Existe sim um fenômeno chamado hipogalactia, que nada mais é do que “pouca produção de leite”, entretanto, trata-se de um evento extremamente raro. Temos que lembrar que outros fatores influenciam na lactação, como por exemplo as emoções, em que o estresse e ansiedade interferem na quantidade de leite produzida.

O leite materno não mata a sede do bebê

O que observa-se é a introdução de água / chás/ sucos precocemente, antes dos seis meses de vida (por vezes , até mesmo nos primeiros dias de vida). Entretanto, sabe-se que o leite materno contém toda a água que uma criança necessita, mesmo se ela residir em locais de clima quente.

Culturalmente, observa-se que a mãe, após perceber alguns sinais de desidratação na criança ( como a  “moleira afundada)  começa a introduzir água ou outros líquidos na alimentação do bebê. 

Os seios caem com a lactação

A imagem que a gestante e puérpera tem do seu corpo pode interferir na sua visão durante o aleitamento materno, de modo que quando essa percepção é negativa, a crença de que amamentar causa flacidez na mama, aumenta os mamilos, pode contribuir para o insucesso da lactação.

Essas 4 principais frases, são disseminadas anos a fio, muitas vezes justificam a introdução precoce de outros alimentos, a oferta de chupeta e mamadeira ou até mesmo a interrupção do aleitamento materno. 

Neste sentido, destaca-se a importância do acompanhamento das mamães desde a consulta pediátrica pré – natal, nascimento da criança e consultas de puericultura. São nesses momentos que dúvidas poderão ser esclarecidas e então, os  mitos quebrados.

Me conta, você já ouviu algum outro mito com relação à amamentação?

Fonte: ” Mitos e Crenças sobre o Aleitamento Materno” –  Departamento de Nutrição e Saúde – Universidade Federal de Viçosa.


Um grande beijo,

Dra Beatriz Amatto – Médica Pediatra – CRM 181.573 / RQE 82.740.@drabeatrizamatto