Álcool na gestação

Álcool na gestação

Não existe quantidade segura para o consumo na gravidez; o feto é extremamente vulnerável, visto que o álcool atravessa livremente a barreira placentária.

O álcool é uma substância que atravessa a barreira placentária livremente. Isso significa que o bebê terá sempre a mesma concentração sanguínea de álcool que a sua mãe. Há, porém, um agravante: ao contrário do que ocorre com a mãe, o imaturo fígado do feto ainda não é capaz de processar o álcool circulante.

Sabemos que o álcool é uma droga com potencial teratogênico, ou seja, capaz de provocar malformações nos fetos. Alguns estudos mostram que mesmos quantidades mínimas álcool no sangue na mãe são capazes de provocar alterações nas células do feto, principalmente nos neurônios.

Espectro Alcoólico Fetal

As desordens do espectro alcoólico fetal (DEAF) são um grupo de alterações que podem surgir em filhos de mães que consumiram álcool na gravidez. A forma mais grave é a chamada síndrome alcoólica fetal (SAF), pouco conhecida dos brasileiros, mas uma das principais causas de anomalias fetais, com repercussões para a vida toda, principalmente para quem sofreu os efeitos do “porre” passivamente, ou seja, o feto, mas também para toda a família e a sociedade.

Entre os sinais e sintomas mais comuns das desordens do espectro alcoólico fetal podemos citar:

  • Malformações nos ossos da face;
  • Microcefalia (crânio de tamanho pequeno);
  • Baixa estatura;
  • Baixo peso corporal;
  • Déficits de coordenação motora;
  • Hiperatividade;
  • Déficit de atenção;
  • Mau desempenho escolar;
  • Dificuldade de aprendizagem;
  • Atrasos no desenvolvimento da fala;
  • Baixo QI;
  • Problemas de visão e audição;
  • Malformações em coração, ossos ou rins;
  • Morte súbita do recém-nascido.

Por isso mamães, atenção!!! Não há qualquer comprovação de uma quantidade segura de bebida alcoólica que proteja a criança de qualquer risco. Neste caso, a gestante ou a mulher que pretende engravidar deve optar por tolerância zero à bebida alcoólica.

Texto por Ana Caroline Setti – Nutricionista Materno Infantil
CRN 8-12764
@carolsettinutri