Reações alérgicas a insetos

Reações alérgicas a insetos

Olá, mamães e papais! Mais um ano se inicia, e com ele, o verão, sol, calor – e insetos – também. Separei então algumas dicas relacionadas à reações alérgicas nas crianças secundárias à picada de insetos.

Inicialmente, precisamos entender que QUALQUER  inseto que pique poderá provocar reação nas crianças suscetíveis. Entre os mais comuns, estão os mosquitos, pulgas e carrapatos.

Essa reação alérgica tem um nome: chama-se prurigo estrófulo ou urticária papular.

Raramente essas reações terão inicio antes do sexto mês de vida, pois para que ocorra a sensibilização alérgica, são necessárias diversas picadas. O tempo para o desenvolvimento da alergia varia de criança para criança e depende do número de exposições aos insetos no seu dia a dia.

Após ter sido sensibilizada, a criança apresentará a reação. A doença, na maioria das vezes, tem início entre os 12 e os 24 meses de vida. A tendência é melhorar apenas  por volta dos 10 anos de idade.

Conseguimos reconhecer as lesões através da presença de pápulas (bolinhas) vermelhas e/ou vesículas (bolhas de água) de distribuição em “linhas” ou aos pares, com coceira. Os mosquitos e pernilongos geralmente picam nas regiões expostas do corpo, como braços e pernas.

O tronco é acometido principalmente quando os agentes são “insetos andadores” como pulgas ou percevejos. As lesões podem surgir agudamente ou alguns dias após as picadas, e a reação pode durar algumas semanas quando não tratadas.

Ao final, pode ficar uma mancha escurecida que demora meses para desaparecer.

Dicas

Existem algumas dicas que podem evitar o surgimento do prurigo estrófulo, sendo elas:

  • Usar roupas de mangas longas, calças compridas e meias de preferência por cima da calça para fazer uma barreira física;
  • Somente abrir as janelas e portas após o nascer do sol, fechando-as antes do pôr do sol (horário que os insetos procuram a “refeição”);
  • Instalar telas nas janelas e portas da casa;
  • Utilizar mosquiteiros nas camas e berços;
  • Aplicar produtos à base de permetrina nas telas, mosqueteiros e cortinas;
  • Fazer uso do repelente tópico durante o dia se a criança for exposta aos insetos;
  • Preferir o uso, se possível, de ar condicionado, pois ambientes climatizados afastam os mosquitos;
  • Dedetizar periodicamente a casa;
  • Usar repelentes elétricos;
  • Manter limpo o terreno da casa, além de retirar sempre o lixo e entulhos que possam acumular água parada e servirem como criadouros de insetos voadores;
  • Eliminar as pulgas dos animais de estimação.

Repelentes

Uma dúvida comum gira em torno do uso de repelentes. Os repelentes tópicos podem ser usados durante passeios em locais com maior número de insetos como praias, parques, fazendas e chácaras. Não devem ser aplicados durante o sono ou por períodos prolongados.

A idade de uso deve ser checada no rótulo, alguns produtos podem ser utilizados eventualmente a partir de 3 meses e são recomendados de forma mais segura a partir de 6 meses de vida.

Quanto à aplicação dos repelentes, algumas orientações:

  • NUNCA aplicar na mão da criança para que ela mesma espalhe no corpo. Elas podem esfregar os olhos ou mesmo colocar a mão na boca;
  • Aplicar a quantidade e intervalo recomendados pelo fabricante no rótulo do produto;
  • NÃO aplicar no rosto ou sobre a pele traumatizada;
  • Assim que não for mais necessário o repelente deve ser removido com um banho com água e sabonete;
  • NÃO permitir que a criança durma com o repelente aplicado;
  • Produtos em associação do tipo repelente com hidratante ou repelente com protetor solar devem ser evitados.

E o que vem primeiro, protetor solar ou repelente?

Recomenda-se aplicar primeiro o protetor solar e após secar, realizar a aplicação do repelente escolhido.

Quando as lesões estiverem presentes, o tratamento deve ser orientado pelo pediatra ou dermatopediatra, mas geralmente consiste de pomada anti-inflamatória e anti-histamínicos orais.

Você já conhecia essas dicas?

FONTE: SBP – Pediatria para Famílias.
Um beijo, Dra Beatriz Romão Amatto – Médica Pediatra – CRM 181.573 /RQE 82.740 – Instagram @drabeatrizamatto